Centro de Documentação do Jornalismo de Imperatriz

Notícias

Fundação Cultural de Imperatriz concluirá Conservatório de Música

notícia O presidente da FCI, José Carneiro Santos, afirma que além das obras do conservatório, novos editais vão movimentar cenário cultural. Também ressaltou que a preservação da memória da cidade é uma das preocupações da gestão.

Por Arnoldo Araújo dos Reis*

Uma das ações da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI) para o segundo semestre de 2018 é dinamizar a cena cultural, além de cumprir com a agenda de eventos já prevista. “A FCI zela pelo patrimônio cultural e histórico da cidade”, explica o secretário José Carneiro Santos. Sobre o Conservatório de Música, ele detalha sobre os próximos passos. "Já temos até parte dos instrumentos para ministrar as aulas de música para nossas crianças, principalmente para aquelas  mais carentes que não têm condições de bancar o valor de uma mensalidade numa escola particular”. José Carneiro Santos, conhecido como Buzuca, é empresário. Começou a carreira política em 2004 e, quatro anos depois, se tornou vereador, sendo reeleito em 2012 pela coligação PSC/PMN. Atualmente a FCI é um órgão ligado à Secretaria Municipal de Governo e Projetos Estratégicos.

Quais as principais políticas públicas que norteiam hoje as ações da Fundação Cultural de Imperatriz  no sentido de preservar o passado e a história da Cidade do Frei?

A questão de preservar o passado, primeiro a gente precisaria de um museu.  Infelizmente, a gente não tem um museu. Mas estamos trabalhando, arduamente, conversando com o Governo do Estado para que a gente possa, futuramente, ter na cidade de Imperatriz um museu para a preservação da memória da cidade. 

Qual o orçamento anual da FCI e como foi definido? Quais as ações priorizadas para essas verbas?

O orçamento anual da Fundação Cultural de Imperatriz gira em torno de 3,6 milhão, no qual a gente atende aqui as nossas demandas anuais que são elas as principais o carnaval, réveillon, São João, aniversário da cidade e o período de veraneio.  Essas são as nossas principais ações, incluindo aí algumas atividades dentro do carnaval como o festival de marchinhas, temos também a Jardineira, que é um grupo de foliões que faz o percurso em algumas ruas de nossa cidade.

Sobre o Fundo Municipal de Incentivo à Produção Cultural, quais as ações a serem realizadas com esses recursos ainda esse ano?

As ações do Fundo Municipal de Cultura são voltadas para as danças típicas da nossa região, ou seja, nós patrocinamos esse ano os grupos folclóricos, os quais se apresentaram através de edital no São João e também nós estamos abrindo o edital para beneficiar a publicação de livros. Logo após essa publicação de livros iremos lançar outro edital para as artes cênicas, artes plásticas, enfim. Esse concurso cultural foi criado em 2014 e sancionado pelo ex-prefeito Madeira, mas só agora na gestão do prefeito Assis a gente está, na verdade, trabalhando com o fundo de cultura e esse fundo é o suporte que está nos ajudando a fazer a cultura que a gente precisa fazer. 

Uma das missões da FCI é cuidar dos acervos documentais da cidade e das obras de valor histórico. Aonde eles estão hoje e qual o estado desses acervos?

Infelizmente, essa é uma pergunta simples por um lado, mas complicada de outro para nós da Fundação Cultural. Quando assumimos há um ano e dois meses começamos a trabalhar e já estamos com o projeto montado no sentido de beneficiar a Praça da Meteorologia, a Beira-rio, a Praça da Cultura, a Praça da Bíblia, enfim, são vários lugares que a gente está trabalhando com esse projeto para ver se consegue fazer esse tipo de trabalho.  E a possibilidade de desenvolver esse projeto é grande, pois queremos deixar o nosso nome gravado na história de Imperatriz.

A cidade tem prédios antigos, a exemplos dos que estão nas proximidades da Praça da Cultura e na Rua 15 de novembro. Como a FCI pretende zelar por esse patrimônio material? Há contatos com o Governo do Estado e o IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional?

Na verdade, a cidade tem essas casas e prédios históricos e tudo isso deve ser cuidado pela Cultura. Mas antes de mais nada, esses prédios e casas históricas precisam ser tombados. E até agora não temos conhecimento de casas e prédios que foram tombados por aqui. Já conversamos sim com algumas pessoas do Governo do Estado para que a gente possa fazer esse levantamento e futuramente estar tombando alguns prédios e casas. Com essa atitude, a gente poderá cuidar do patrimônio cultural de Imperatriz.

 Como está o diálogo com o Conselho Municipal de Cultura? Há projetos conjuntos?

Sim. Há um diálogo muito bom e sempre nos reunimos e definimos alguma coisa, como por exemplo, a situação dos editais que estamos abrindo agora e que, pela primeira vez na história de Imperatriz, aconteceu. Mantemos o contato com o pessoal do Fundo Municipal de Cultura para a gente trabalhar em conjunto em benefício da cultura de Imperatriz.

Como estão as obras do Conservatório de Música de Imperatriz? Como funcionará?

As obras do Conservatório de Música estão praticamente prontas. Apenas falta concluir o auditório, porque a empresa que ganhou a licitação infelizmente não deu sequência na obra. Teve que ser quebrado o contrato, mas já tem outra empresa que também participou da licitação e vai dar continuidade a essa obra. A Eletronorte nos deu a garantia de que até novembro essa obra será entregue. De outro lado, já estamos utilizando o Conservatório de Música.  Esse ano mesmo, a gente já preparou duas turmas, montamos um coral com mais de 100 vozes, mesmo sem a estrutura devida. Mesmo sem o município receber o prédio, a gente já está cuidando desse estabelecimento porque sabemos que é de fundamental importância para a cultura de Imperatriz.  Nesse prédio vai funcionar várias coisas, inclusive nós já temos até parte dos instrumentos para ministrar as aulas de música para nossas crianças, principalmente para aquelas crianças mais carentes que não têm condições de bancar o valor de uma mensalidade numa escola particular.  E o conservatório vai nos proporcionar isso. E nós estamos cuidando daquilo ali com muito carinho, porque sabemos que vamos ajudar e tirar muita criança das ruas. O Conservatório de Música fica no bairro Boca da Mata.

O Salão do Livro de Imperatriz, (SALIMP) de 2018, em sua 16ª edição, vai ter incentivo da Fundação Cultural de Imperatriz?

Vai sim. Na verdade, no ano passado já teve incentivo da Fundação Cultural.  Nesse incentivo a gente não tem um valor definido. O que acontece é que a gente conversa com o prefeito e ele nos autoriza e repassa o recurso para o município e a gente aloca essa verba nesse evento.

Para o senhor, qual é o mérito de uma cidade que cuida da memória e de sua história?

Toda cidade tem que cuidar de sua história e Imperatriz não é diferente. A gente precisa tombar alguns prédios que fazem parte da história da cidade como, por exemplo, a Igreja Santa Teresa. E essa ação é para que a gente possa cuidar da memória da história de Imperatriz. A gente agradece esse momento, porque tem muita coisa com relação à Fundação Cultural que as pessoas não sabem. A gente está sempre de portas abertas para esclarecer nossas atividades e você, como jornalista, vai mostrar para o povo de Imperatriz as conquistas da Fundação Cultural. O endereço da Fundação Cultural é rua Simplício Moreira, esquina com a rua Gonçalves Dias. O telefone para contato é o (99) 3524-9863.

*Estagiário da equipe. Fez texto e fotos.

 

Tags:

Autore(s):