A coordenadora da Associação Artística de Imperatriz (Assarti), Nice Rejane da Silva Oliveira, explica nesta entrevista sobre as dificuldades para concluir a primeira fase da reforma do Teatro Ferreira Gullar, que tem sido uma batalha para os artistas locais. Palco de inúmeros espetáculos, o Teatro Ferreira Gullar surgiu em 13 de junho de 1982, através dos integrantes da Associação Artística de Imperatriz, sob a direção do cantor e compositor Zeca Tocantins.
Como está o processo de reforma do teatro?
Nice Rejane - A reforma e ampliação do teatro é algo que há bastante tempo estamos batalhando, ano passado conseguimos recursos pela empresa CEMAR através da lei de incentivo à cultura do Estado do Maranhão, no valor de 320 mil reais. No entanto, esse recurso não dá para fazer toda a obra. Vamos concluir uma primeira etapa e tentar conseguir novos patrocínios para sua conclusão.
Quais tem sido os desafios enfrentados pela associação nesse processo de reforma e ampliação?
Nice Rejane - Os desafios são muitos, além de ter que conseguir pelo menos mais 600 mil reais para a conclusão da obra. Temos que refrigerar o espaço, trocar as poltronas e renovar os equipamentos de iluminação e som. Com essa reforma, ampliamos o número de assentos para 250 pessoas. Outro ponto é sobre o funcionamento, como o teatro é da Assarti, temos que também pagar os servidores para o funcionamento do espaço, tentamos uma parceria com a prefeitura através da FCI, mas não conseguimos concretizá-la. Portanto, temos muita coisa por fazer e quase sem nenhum apoio.
Já tem uma data prevista para a inauguração do teatro?
Nice Rejane - Nessa primeira etapa, o teatro foi ampliado. Foi o que o recurso permitiu fazer. Se conseguirmos pelo menos a refrigeração e as poltronas, pretendemos reinaugurar com a primeira etapa realizada no início do ano que vem.
Qual a importância da reforma do Teatro Ferreira Gullar para Imperatriz?
Nice Rejane - O Ferreira Gullar é o único teatro da cidade, portanto é simbolo de resistência do movimento artístico da cidade, nesse sentido deveria ser valorizado pelos agentes públicos. Sobretudo numa cidade que é bastante carente de espaços de fruição cultural. Essa reforma demonstra que queremos mais investimentos em cultura.
Foto: Maisa Oliveira